Abençoe-me, Padre, pois pequei

Onde tudo começou? É uma invenção da Igreja?

O papel da Igreja no perdão dos pecados baseia-se nas próprias palavras do Senhor a Pedro e numa ocasião separada para os Apóstolos: “Eu te darei as chaves do reino dos céus, e tudo o que ligares na terra será ligado no céu, e tudo o que perderes na terra será solto no céu.” Jesus confirmou este dom como um dos primeiros frutos da Sua Ressurreição. Após a Crucificação, os Apóstolos foram trancados na sala superior, cheios de medo, confusão e dúvida. De repente, na noite da Ressurreição, Jesus apareceu no meio deles com a saudação: “A paz esteja convosco”. Jesus ofereceu-lhes a sua paz, perdão e reconciliação e depois, a graça e a capacidade de transmitir este dom: “Cujos pecados que perdoais são perdoados, e cujos pecados reténs são retidos.”

O Catecismo da Igreja Católica cita cinco nomes dados ao sacramento:

– Sacramento da conversão

– Sacramento da Penitência

– Sacramento da confissão

– Sacramento do perdão

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– Sacramento da Reconciliação

(Note-se que a capitalização da Penitência e Reconciliação indica as designações formais, mais apropriadas). Cada um destes nomes evidencia um aspecto diferente do sacramento.

>Atrás dos séculos, a forma em que a Igreja exerceu esta comissão do Senhor evoluiu, assim como a prática dos fiéis na celebração deste dom único de Cristo; as gerações mais velhas recordarão o dia em que os indivíduos só receberiam a Sagrada Comunhão no domingo se ele ou ela tivesse ido confessar-se no sábado anterior. Como o pêndulo oscilou!

Não é novidade para ninguém que tenha havido um grave declínio nas pessoas que se vão confessar. Há pouca urgência em confessar-se, porque há confusão ou mesmo negação em alguns quadrantes sobre a própria existência do pecado mortal, bem como sobre a existência do inferno? Infelizmente, sim. O Catecismo é muito valioso para esclarecer o ensino da Igreja em assuntos como este e deve ser estudado em casa, ensinado nas escolas e pregado a partir dos nossos púlpitos.

Todos os fiéis que estão conscientes dos pecados graves cometidos são obrigados a confessar-se pelo menos uma vez por ano e a Santa Comunhão não deve ser recebida sem a confissão do pecado grave.

Todos os sacramentos, como “obras-primas de Deus”, são a preciosa herança da Igreja e nenhum indivíduo tem o direito de acrescentar, omitir ou alterar alguma coisa neles por sua própria autoridade. A confissão individual a um sacerdote é essencial para o sacramento e somente em circunstâncias muito incomuns – e com a permissão do bispo – é permitida a “absolvição geral”.

Felizmente, a Quaresma está aqui, oferecendo muitas ocasiões para pregar e ensinar o sacramento da Penitência. Onde ocorre a pregação e o ensino, o subseqüente aumento na recepção do sacramento é notável.

Espero discutir com nosso Conselho Presbiteral o que mais poderemos fazer nos próximos meses para tornar nosso bom povo consciente deste dom do perdão de Deus que o espera. Enquanto isso, algumas estatísticas prendendo, se não chocantes, de uma pesquisa do CARA (Center for Applied Research in the Apostolate) de 2005:

– Quando perguntados com que freqüência vão à confissão, 42% dos adultos católicos declararam: “Nunca”!

– Dos restantes, 32% dos católicos adultos admitiram ir à confissão menos de uma vez por ano.

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Essas pessoas sentem falta da graça do amor de Deus, oferecida tão plenamente, tão livremente no sacramento da Reconciliação. Deus procura aproximar cada um de nós a Ele, e este grande dom permite-nos fazer exactamente isso e ouvir as Suas palavras de perdão.

Sabe a que horas são agendadas as confissões semanais na sua paróquia?

Para procurar uma paróquia perto de si oferecendo a confissão num dia e hora específicos, visite www.archbalt.org/parishes/confession-search.cfm.

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