Informação e educação global sobre HIV e AIDS

PONTOS-CHAVE

  • A epidemia de HIV no Brasil é classificada como estável em nível nacional, mas a prevalência e as taxas de novas infecções variam significativamente em todo o país.
  • O Serviço Nacional de Saúde do país tornou o tratamento do HIV e os kits de autoteste disponíveis gratuitamente para todos. O Brasil foi um dos primeiros 40 países a disponibilizar o auto-teste.
  • Muitos dos principais fabricantes de ARVs estão sediados no Brasil, o que tem ajudado o país a garantir que as respostas aos medicamentos sejam econômicas e eficientes.
  • Apesar da abordagem de direitos humanos do Brasil para enfrentar a epidemia do HIV, a resposta é minada pela violência e estigma que ainda atuam como grandes barreiras à prevenção do HIV.

Explorar esta página para saber mais sobre as populações mais afetadas pelo HIV no Brasil, testagem e aconselhamento, programas de prevenção, disponibilidade de tratamento anti-retroviral, papel da sociedade civil, coinfecção do HIV e TB, barreiras à resposta, financiamento e o futuro do HIV no Brasil.

A epidemia de HIV e AIDS no Brasil é classificada como estável em nível nacional, com prevalência na população geral de 0,5%.1 Entretanto, a prevalência varia geograficamente, com níveis mais elevados no sul e sudeste do país.2

O Brasil é reconhecido há muito tempo por sua forte resposta à epidemia do HIV. Ele desafiou as empresas farmacêuticas nos anos 90, produzindo versões genéricas de medicamentos anti-retrovirais caros, que baixaram os preços globalmente. O governo brasileiro compra e distribui mais preservativos do que qualquer outro país, e em 2013 começou a fornecer tratamento anti-retroviral gratuito a todos os adultos HIV positivos que procuravam cuidados, independentemente do estágio do HIV que enfrentavam.3

Em 2019, 920.000 pessoas viviam com HIV, em comparação com 640.000 em 2010. No mesmo ano, houve 48.000 novas infecções e 14.000 pessoas morreram devido a doenças relacionadas à AIDS.4

O acesso a serviços de HIV de alta qualidade continua a se expandir no país. Como resultado, o Brasil viu um aumento de 83% (em 2015) para 85% (em 2017) no diagnóstico de todos os brasileiros vivendo com HIV. A proporção de pessoas vivendo com HIV em tratamento era de 69% em 2019, 65% das quais foram viralmente reprimidas.5

A epidemia de HIV no Brasil está concentrada entre as principais populações, sendo os homens particularmente afetados. Em 2017, 33.000 homens foram infectados recentemente com o HIV, em comparação com 15.000 mulheres.6

Apesar dos maiores índices de infecção serem relatados entre pessoas de 30 a 49 anos, novas infecções pelo HIV cresceram substancialmente entre os homens jovens, especialmente entre os homens jovens que fazem sexo com homens. Na última década, as novas infecções quase triplicaram entre as pessoas de 15 a 19 anos e mais do que dobraram entre os de 20 a 24,7

Brasil representa o maior número de pessoas vivendo com HIV na América Latina e responde por 49% de todas as novas infecções na região. Isto se deve em parte à sua grande população em comparação com outros países da América Latina.8 Mundialmente, é um dos 15 países que representam 75% do número global de pessoas vivendo com HIV.9

Populações afetadas no Brasil

Homens que fazem sexo com homens (HSH)

Transmissão do HIV entre homens que fazem sexo com homens (às vezes referidos como HSH) no Brasil continua sendo comum, com números oficiais a partir de 2013 colocando a prevalência em 10.5%.10

No entanto, resultados de uma pesquisa de 2016 com mais de 2.000 homens que fazem sexo com homens em 12 cidades brasileiras encontraram prevalência muito maior, 18,4%.11

Geografia e outros fatores, como idade e realidades sócio-econômicas, afetam as taxas de prevalência. Por exemplo, uma pesquisa realizada em 2012 em São Paulo encontrou uma prevalência de HIV de 15,4% entre homens que fazem sexo com homens com mais de 18 anos de idade. Entre os homens de 18 a 24 anos de idade, a prevalência de HIV já era de 6,4%.12

Apesar de alguns ganhos na prevenção entre homens que fazem sexo com homens nos últimos 20 anos, em 2017 estimava-se que 36% dos homens que fazem sexo com homens no Brasil não usavam preservativo.13

Os homens que fazem sexo com homens têm muitos direitos legais no Brasil, incluindo o direito de casar (desde 2013). Entretanto, o comportamento do mesmo sexo ainda é estigmatizado e muitos homens que têm relações sexuais com homens enfrentam discriminação e abuso. Por exemplo, uma pesquisa de 2015 com pouco menos de 4.000 homens que fazem sexo com homens no Brasil descobriu que 16% tinham sofrido alguma forma de violência sexual.14

Trabalhadores sexuais

Em 2017, a prevalência de HIV entre as trabalhadoras do sexo no Brasil era de 5,3%.15 O trabalho sexual é legal no Brasil, embora a posse de um bordel ou o envolvimento em qualquer negócio associado ao trabalho sexual seja criminalizado.16 O governo implementou intervenções de prevenção do HIV através do seu Ministério da Saúde que envolvem uma abordagem baseada em direitos. Estas incluem campanhas que promovem a auto-estima e os direitos dos trabalhadores do sexo e enfatizam o uso consistente do preservativo.

Apesar da legalidade do trabalho sexual, os trabalhadores do sexo experimentam constantemente violações dos direitos humanos, tais como violência física e sexual, geralmente perpetrada por parceiros, membros da família e clientes. Esta violência reflecte o estigma e a discriminação sofridos pelas trabalhadoras do sexo, factores que estão fortemente associados a resultados de saúde adversos, incluindo o aumento do risco de HIV.17

A revisão de provas de 2015 encontrou 21,4% das trabalhadoras do sexo feminino usavam regularmente preservativos com parceiros estáveis durante o sexo vaginal e 29,4% durante o sexo anal. Com clientes, 69,7% usaram preservativos regularmente durante o sexo vaginal e 64% durante o sexo anal.18

Apenas 17,5% das profissionais do sexo no Brasil foram testadas para o HIV em 2015.19 Como resultado, apenas 52,3% das profissionais do sexo vivendo com HIV no Brasil estavam cientes de sua condição.20

Como resultado do lobby das organizações de profissionais do sexo, o trabalho sexual foi incluído como uma profissão no Brasil, dando assim direito aos trabalhadores do sexo à previdência social e outros benefícios do trabalho.21

No entanto, nos últimos anos, as intervenções sobre os direitos dos trabalhadores do sexo tornaram-se mais restritas devido ao declínio do apoio político e financeiro nacional que está ligado a uma expansão do conservadorismo religioso. Em 2013, o Ministro da Saúde brasileiro vetou e depois substituiu uma campanha de prevenção do HIV baseada em direitos, que havia sido criada em parceria entre profissionais do sexo e o departamento de DST/AIDS do Ministério da Saúde. A campanha reestruturada focalizou exclusivamente o uso do preservativo sem qualquer referência aos direitos humanos ou à cidadania, o que é indicativo dos desafios atuais para a comunidade brasileira de profissionais do sexo.22

Pessoas que injetam drogas (PWID)

A prevalência de HIV entre as pessoas que injetam drogas no Brasil permaneceu relativamente inalterada, variando entre 5% e 5,9% entre 2008 e 2017.23 24 Embora um estudo de 2015 sobre pessoas que usam drogas em oito cidades brasileiras tenha constatado que a prevalência de HIV era de 9,9%.25

Mais recentemente, as tendências estão mostrando uma crescente dependência do uso de drogas não-injetáveis, incluindo crack e outros estimulantes.26 Estratégias variadas e abordagens diversificadas são necessárias para abordar essas práticas.

O uso de preservativos entre as pessoas que usam drogas é baixo. Em 2017, foi estimado que 40,8% das pessoas que injetam drogas não usam preservativos de forma consistente.27

Prisioneiros

Prevalência de HIV entre as pessoas que injetam drogas que também fazem parte da população carcerária no Brasil continua sendo maior do que a da população em geral. Novas infecções pelo HIV entre os presos são aceleradas por questões de superlotação e violência, sendo exacerbadas por outras vulnerabilidades sociais e de bem-estar e limitações legais e políticas.28

Em janeiro de 2014, o Ministério da Saúde lançou a Política Nacional de Atenção Integral à Saúde para Populações Penitenciárias, a fim de garantir o acesso ao Sistema Único de Saúde para essa população.29 De acordo com a nova política, para tratar do HIV nas prisões, o acesso deveria ser fornecido a testes de HIV, tratamento e prevenção, incluindo preservativos gratuitos e programas de agulhas e seringas (NSPs). No entanto, a partir de 2016, nenhum PNS estava disponível nas prisões brasileiras.30

Projeto Freedom to Look nas prisões brasileiras

Em 2013, o Escritório das Nações Unidas sobre Drogas e Crime (UNODC) lançou o Projeto Freedom to Look no país, em colaboração com o governo brasileiro. O projeto trabalha com agentes do sistema prisional sobre os direitos humanos dos presos, focando questões de gênero, violência e saúde, especificamente a prevenção do HIV, hepatite viral e tuberculose.

A partir de 2015, o Projeto Freedom to Look estava operando em quatro prisões brasileiras.31

Pessoas transgêneros

Um estudo de 2017 constatou que a prevalência de HIV era de 5,4% entre mulheres transgêneros e 1,1% entre homens transgêneros no Brasil. Entretanto, os dados são limitados porque, como em muitos países, as pessoas transgêneros são freqüentemente incluídas nos relatórios sobre homens que fazem sexo com homens. O trabalho sexual tem sido consistentemente associado ao alto risco de aquisição do HIV entre pessoas transgêneros no Brasil.32

Brasil também tem o maior número de assassinatos de pessoas transgêneros e pessoas com diversidade de gênero no mundo, sendo responsável por 800 dos 2000 assassinatos que ocorreram globalmente em 2015. A grande maioria dos assassinatos fica impune.33

Teste e aconselhamento de HIV (HTC) no Brasil

Em 2017, 84% das pessoas vivendo com HIV no Brasil estavam cientes de seu status.34

O sucesso contínuo do país com o teste se deve a uma série de fatores. Nos últimos quatro anos, o Departamento Brasileiro de DST/AIDS e Hepatite Viral (DDAHV) tem descentralizado seus serviços de testagem para HIV, incluindo o aumento do uso de testes rápidos (finger-prick) nos serviços de atenção primária em todo o país.

Em 2015, o Brasil começou a fornecer kits de autoteste para a população em geral. Esses kits foram disponibilizados gratuitamente em farmácias, centros de distribuição de medicamentos, serviços de saúde e programas de saúde do governo, bem como através do correio. Até março de 2016, mais de 72.000 pessoas haviam acessado a plataforma online para autoteste e cerca de 2.900 kits de autoteste haviam sido distribuídos.35

No entanto, o teste de HIV entre populações-chave continua baixo. Por exemplo, apenas 19% dos homens que fazem sexo com homens pesquisados pelo Ministério da Saúde do Brasil em 2013 relataram ter feito o teste de HIV nos últimos 12 meses e conhecer seus resultados.36 Fatores que impedem que pessoas de grupos-chave da população façam o teste incluem o medo de tratamento discriminatório por parte dos profissionais de saúde e o medo de discriminação se o teste for positivo para o HIV.37

Estratégias para aumentar o teste entre populações-chave foram introduzidas. Em 2013, 40 ONGs foram treinadas em testes rápidos de HIV, com foco nas pessoas de maior risco. Isso expandiu o acesso a populações-chave, fornecendo acesso em momentos e locais que melhor se adequam às suas necessidades.38

Números oficiais das taxas de testagem para HIV referem-se aos dados de 2013, que relatam que 37% dos adultos sexualmente ativos tinham sido testados pelo menos uma vez para HIV.39 A conscientização dos serviços de testagem variou, sendo que 51% dos indivíduos entre 15 e 64 anos conseguiram identificar locais onde o teste de HIV estava disponível. Uma porcentagem semelhante de homens que fazem sexo com homens (50%) tinha esse conhecimento, enquanto 57% das profissionais do sexo estavam cientes.40

Teste de HIV baseado na comunidade

Em 2015, o Ministério da Saúde brasileiro desenvolveu uma estratégia chamada Viva Melhor Sabendo para aumentar o teste de HIV entre populações-chave. Em parceria com organizações não-governamentais (ONGs), pessoas de populações-chave foram treinadas para administrar testes rápidos de HIV com fluidos orais, que ofereciam aos seus pares em contextos sociais em horários convenientes. Esta abordagem foi encontrada para aumentar o diagnóstico precoce do HIV entre populações-chave, em parte porque as pessoas conseguiram evitar os serviços de saúde tradicionais.41

O Departamento de DST/AIDS e Hepatites Virais também fez parceria com a ONG EPAH para implementar o projeto Quero Fazer (“Eu quero ser testado”). Este tem como alvo homens que fazem sexo com homens e pessoas trans com o uso de uma unidade móvel de testagem em cidades como Recife, Rio de Janeiro, Brasília e São Paulo.42

Programas de prevenção do HIV no Brasil

Em 2017, 48.000 pessoas no Brasil foram infectadas pelo HIV. Os homens tinham mais do dobro da probabilidade de adquirir o HIV do que as mulheres (33.000 novas infecções entre os homens contra 15.000 entre as mulheres). Houve menos de 1.000 novas infecções entre crianças (de 0 a 14 anos).43 Novas infecções aumentaram 3% desde 2010.44

A resposta nacional ao HIV e AIDS do Brasil está situada dentro do seu Ministério da Saúde e está integrada ao Plano Estratégico de Saúde do país. A abordagem multifacetada do país na prevenção do HIV envolve a promoção e melhoria do acesso ao exame de HIV, tratamento imediato para aqueles que têm resultado positivo independentemente da contagem de CD4 (conhecido como ‘teste e tratamento’) e o fornecimento de profilaxia pré e pós-exposição (PrEP).45

Disponibilidade e uso do preservativo

O Ministério da Saúde do Brasil informa que 96% dos brasileiros identificam o preservativo como uma barreira que pode prevenir a disseminação de infecções sexualmente transmissíveis (DSTs) e HIV. O conhecimento de onde fazer o teste para HIV e acessar preservativos gratuitos é considerado pelo Ministério da Saúde brasileiro como um indicador de acesso a programas de prevenção.46

No entanto, o uso de preservativos varia muito, com apenas 25% da população relatando o uso de preservativos em todas as relações sexuais, e 63% relatando o uso durante a relação sexual com um parceiro casual. Os dados oficiais relatados sobre o uso de preservativos em populações-chave são mais elevados do que os observados na população geral.47 No entanto, uma revisão de 2015 de mais de 50 estudos sobre o uso de preservativos no Brasil encontrou, em geral, 47% dos homens que fazem sexo com homens relataram sexo anal desprotegido. Entre as pessoas que usam drogas, a revisão encontrou 40% relataram nunca usar preservativos, que aumentou para 60% quando sob influência de substâncias psicoativas.48

Preservativos e lubrificantes livres estão amplamente disponíveis, com pelo menos um terço da população em geral tendo acesso a mercadorias nos serviços de saúde pública, ONGs ou outras instituições. Entre as principais populações, o acesso é significativamente maior – 70% entre os homens que fazem sexo com homens e 77% entre as trabalhadoras do sexo.49

Sensibilização e abordagem da educação sexual sobre o HIV

Um estudo de 2010 nomeou o Brasil como um dos poucos países da América Latina que chegou perto de oferecer educação sexual abrangente, que vai além do ensino sobre contracepção e gravidez, para incluir educação sobre DSTs, incluindo HIV, sexualidade, identidades de gênero e direitos sexuais e reprodutivos.50

Fora do ambiente escolar, várias abordagens inovadoras para aumentar a conscientização sobre o HIV, especialmente entre os jovens, têm sido tomadas no Brasil. Em 2014, o Ministério da Saúde lançou o #PartiuTeste, uma campanha de comunicação de mudança de comportamento desenvolvida em parceria com jovens que utiliza os meios tradicionais e as mídias sociais, especialmente os aps de namoro, como Tinder e Hornet. A campanha foca na importância do uso de preservativos, da testagem do HIV e do início precoce do tratamento. Como parte desse trabalho, jovens líderes de populações-chave foram identificados e orientados.51

Em 2016, a iniciativa Close Certo usou Hornet para alcançar mais de 1 milhão de homens gays e homens que fazem sexo com homens com mensagens de conscientização do HIV durante os Jogos Olímpicos e Paraolímpicos de 2016 no Brasil.52

Prevenir a transmissão de mãe para filho (PTV)

Brasil tem políticas de saúde que garantem acesso gratuito a exames de HIV, ART e substitutos do leite materno para mulheres grávidas e lactantes. Em 2012, o Brasil adotou a Opção B+ recomendada, na qual mulheres grávidas vivendo com HIV recebem tratamento independentemente da contagem de CD4 e continuam com o tratamento após o parto. Até 2017, 85% das gestantes vivendo com HIV estavam recebendo o tratamento antiretroviral. Em 2017, menos de 1000 crianças (de 0-14 anos de idade) foram infectadas recentemente com HIV.53

O número de crianças nascidas com HIV no Brasil diminuiu constantemente na última década com menos de 1,000 crianças infectadas com HIV em 2016.54 Entretanto, um estudo de 2018 identificou oportunidades perdidas para prevenir a transmissão do HIV de mãe para filho em pelo menos um terço dos casos, particularmente entre mulheres que vivem nas regiões mais pobres e menos desenvolvidas do país.55

Redução de danos

Brasil implementa uma estratégia de redução de danos para atender às necessidades das pessoas que injetam drogas (às vezes chamadas de PWID). Os PWID gratuitos são um componente chave desta estratégia. No entanto, tem havido uma redução no número de NSPs desde 2014 e a terapia de substituição opióide (TST) continua indisponível, apesar da TST ser uma intervenção comprovada de prevenção do HIV.56 Em 2016, 54% das pessoas que injetam drogas foram estimadas a fazê-lo através de práticas seguras de injeção.57

Profilaxia pré-exposição (PrEP)

Como parte de seus esforços para implementar a prevenção combinada, o Brasil conduziu o primeiro programa piloto de profilaxia pré-exposição (PrEP) da região entre homens que fazem sexo com homens e mulheres transexuais. O PrEP refere-se aos anti-retrovirais que são dados a alguém que está em risco de transmissão do HIV antes de sua potencial exposição, o que reduz muito sua probabilidade de adquirir o HIV.58

O programa piloto mostrou uma absorção de 51% do PrEP entre todos aqueles que eram potencialmente elegíveis para recebê-lo, incluindo 67% de absorção entre mulheres transgêneros elegíveis e 78% de absorção entre aqueles que se auto-referiram. As taxas de aceitação foram aumentadas quando as pessoas elegíveis tinham um parceiro estável (58%), se avaliaram como estando em alto risco de adquirir o HIV (61%) e fizeram um teste de HIV no ano anterior (58%).59 60 Isto sugere que quanto maior for a percepção de risco de HIV de um indivíduo, maior a probabilidade de que ele procure e use a PrEP.

No Dia Mundial da SIDA de 2017 (1 de Dezembro), o PrEP gratuito para grupos-chave da população de alto risco foi disponibilizado em 35 locais no país. Em 2018, 9.000 homens que fazem sexo com homens, profissionais do sexo e pessoas trans estão sendo oferecidos gratuitamente o PrEP através do Sistema Único de Saúde, o serviço nacional de saúde do Brasil. Em cinco anos, o programa espera alcançar 54.000 pessoas de populações-chave.61

A disponibilidade de tratamento anti-retroviral (ART) no Brasil

A cobertura ART (entre adultos com 15 anos de idade ou mais) para o Brasil foi estimada em 60% em 2016.62 Este é um aumento de 19% em relação aos 41% em 2013.63 Entre aqueles que vivem com HIV (860.000), cerca de 552.000 pessoas começaram a ART. Isso equivale a 65% das mulheres e 64% dos homens que vivem com HIV na ART. Em 2017, cerca de 45% das crianças vivendo com HIV estavam recebendo ART.64

Em 1996, o governo brasileiro tomou a decisão de tornar o tratamento antiretroviral universalmente disponível. Nessa época, a elegibilidade era baseada na contagem de CD4, que indica o nível de HIV no corpo de alguém, de acordo com as diretrizes globais de tratamento. Entretanto, desde 2013, o tratamento gratuito está disponível para todos os brasileiros vivendo com HIV, independentemente da contagem de CD4.65 O tratamento e a atenção ao HIV são coordenados por uma rede descentralizada de especialistas, encarregada de fornecer cuidados e serviços de qualidade às pessoas vivendo com HIV. Conhecidos como Serviços de Atenção Especializada (SAE), há mais de 700 dessas equipes localizadas em todos os estados brasileiros.66

Em 2017, o Brasil começou a fornecer dolutegravir (DTG), o nome genérico para um ARV mais eficaz do que outros ARVs com menos efeitos colaterais, para 100.000 pessoas. O Ministério da Saúde brasileiro comprou com sucesso o DTG com um desconto de 70%, baixando o preço por comprimido para US $1,50 de US $5,10. Como resultado, este novo medicamento será disponibilizado universalmente quando o orçamento de tratamento do país de US$ 1,1 bilhão for aprovado.67

Em 2017, 82% dos adultos e 79% das crianças sabiam que estavam sob ART 12 meses após seu início, e 59% das pessoas que viviam com HIV no Brasil tinham sido viralmente reprimidas.68 Isto é significativo porque, quando os níveis de HIV no corpo de alguém estão baixos, é menos provável que eles passem o HIV (se uma pessoa é viralmente reprimida, ela não pode passar o HIV).

Um estudo realizado em cinco centros de saúde brasileiros constatou que a baixa adesão entre crianças e adolescentes HIV positivos (0 a 18 anos) está associada a menor qualidade de vida entre os cuidadores, uso excessivo de álcool e drogas entre os cuidadores, menor saúde mental entre crianças e adolescentes sob a forma de altos níveis de ansiedade e o contexto e o momento do diagnóstico do HIV, com melhor adesão encontrada entre aqueles diagnosticados pela triagem familiar.69

Uma análise recente da presença de resistência a drogas pré-tratamento entre mais de 1.500 pessoas recentemente diagnosticadas com HIV encontrou uma taxa moderada em todo o país, apesar de algumas cidades apresentarem taxas mais altas de prevalência de resistência a drogas, chegando a 14% em São Paulo.70

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O papel da sociedade civil no Brasil

O papel que a sociedade civil tem desempenhado na resposta ao HIV no Brasil é frequentemente citado como um dos principais motores do seu sucesso. O movimento da AIDS que tomou forma nos anos 80 reuniu a Igreja Católica progressista, o movimento de reforma sanitária e o movimento pelos direitos dos gays.

No decorrer dos anos 90, essa coalizão conseguiu alcançar outros movimentos sociais, como os movimentos feministas e de saúde feminina, movimentos de minorias étnicas e pessoas vivendo com outras condições de saúde, como diabetes e problemas de saúde mental. Essa ampla base de apoio foi um fator chave na decisão pioneira, tomada pelo governo em 1996, de oferecer acesso universal à ART.71

Em algumas arenas, a interação entre a sociedade civil e o governo permanece forte. Por exemplo, o Conselho Nacional de Direitos Humanos do Brasil é composto por 11 membros de vários órgãos governamentais e 11 da sociedade civil. Outros conselhos que utilizam esse modelo misto de governo e sociedade civil incluem o Conselho Nacional LGBT, Conselho Nacional para a Liberdade Religiosa, Conselho Nacional de Políticas de Igualdade Racial, Conselho Nacional dos Direitos da Criança e do Adolescente e Conselho Nacional para Refugiados.72

No entanto, os brasileiros também sofrem graves violações de direitos humanos que refletem mal o respeito do país pelos atores da sociedade civil.73

HIV e tuberculose (TB) no Brasil

Brasil é um dos 20 países mais afetados tanto pela TB como pela co-infecção TB/HIV, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS).74 Foi o primeiro país de alta incidência a oferecer ART a todas as pessoas HIV-positivas com TB.75

Em 2016, 87.000 pessoas foram diagnosticadas com TB no Brasil, 13% das quais viviam com HIV, embora novas infecções de TB e TB/HIV estejam diminuindo. Em 2015, menos de 50% dos pacientes com TB vivendo com HIV tinham acesso à ART. Como resultado, 1.900 das mortes relacionadas à AIDS em 2016 foram resultado da TB.76

Barreiras à resposta ao HIV no Brasil

Barreiras jurídicas, culturais e sócio-econômicas

Uma das principais vantagens da resposta ao HIV no Brasil tem sido a inclusão de uma perspectiva de direitos humanos, que se concentra na promoção da visibilidade da saúde como um direito e na abordagem do estigma e da discriminação. Apesar disso, a violência e a discriminação social contra mulheres e meninas, e populações-chave, continua sendo um desafio. O impacto disto na prevenção do VIH não pode ser subestimado. Por exemplo, em 2016, 12% das profissionais do sexo disseram ter evitado a saúde devido ao estigma e à discriminação.77

Pessoas que são lésbicas, gays, bissexuais, transgêneros e intersexuais (LGBTI) são particularmente propensas a sofrer estigma, discriminação e violência no Brasil.78

Vivemos desta imagem como um lugar aberto e tolerante, onde a violência homofóbica atingiu níveis de crise e está piorando.

– Jandira Queiroz, coordenadora de mobilização da Anistia Internacional Brasil79

O estigma e a discriminação do HIV ainda representam um obstáculo importante para o acesso a serviços de prevenção, tratamento e atenção ao HIV no país, especialmente no contexto de visões políticas cada vez mais conservadoras.80

Fundação para HIV no Brasil

Brasil é um país de renda média-alta com uma das 10 maiores economias do mundo. Ele financia sua resposta ao HIV inteiramente através de gastos públicos internos.81

Brasil incorporou os requisitos de financiamento de sua resposta ao HIV em seu orçamento federal total, promovendo assim a sustentabilidade financeira.82 Entretanto, em 2015, apenas 6% do seu orçamento de resposta ao HIV foi alocado para a prevenção efetiva. Este montante é insuficiente para obter os ganhos significativos na prevenção do HIV que o Brasil espera alcançar. 83

Um agravamento da economia brasileira levou a alguns cortes na resposta ao HIV no país. Até 2017, o número de médicos especialistas em HIV, alguns programas de prevenção de HIV e comitês de fiscalização da sociedade civil haviam sido reduzidos.84

O futuro do HIV no Brasil

A resposta brasileira ao HIV tem recebido aclamação internacional por sua abordagem abrangente de saúde pública, que tem produzido resultados dramáticos ao longo de quase 30 anos de implementação.85

No entanto, o HIV e a AIDS continuam sendo um desafio significativo para o país. Isto é particularmente evidente no número de novas infecções e na escala da epidemia entre as principais populações afetadas. É preocupante a evidência emergente de que a vontade política de lidar com a epidemia do HIV está encontrando dura oposição na forma de um movimento evangélico socialmente conservador.

Em 2014, 74 representantes evangélicos conservadores foram eleitos para a Câmara Baixa do Congresso com 513 cadeiras, o dobro do número eleito em 2006. Em 2017, os representantes evangélicos representavam um terço desse órgão. Esses representantes e outras forças socialmente conservadoras têm sido eficazes no bloqueio de agendas progressistas, incluindo legislação destinada a penalizar a discriminação anti-LGBTI e crimes de ódio.86 Se esse movimento em direção a políticas regressivas continuar, os ganhos duramente lutados do Brasil em relação ao HIV poderiam ser revertidos.

  • 1. UNAIDS ‘AIDSinfo’ (acessado em agosto de 2020)
  • 2. Ministério da Saúde do Brasil (2014) ‘Global AIDS Response Progress Reporting Narrative Report – Brazil’ (Acesso em 18/06/2018)
  • 3. New York Times (12 dezembro, 2017) ‘Brazil Fights H.I.V. Spike in Youths With Free Preventive Drug’ (Acesso em 18/06/2018)
  • 4. UNAIDS ‘AIDSinfo’ (acessado em agosto de 2020)
  • 5. UNAIDS ‘AIDSinfo’ (acessado em agosto de 2020)
  • 6. UNAIDS ‘AIDSinfo’ (acessado em outubro de 2018)
  • 7. UNAIDS (16 de junho de 2017) ‘Jovens influenciadores debatem o HIV e a discriminação no Brasil’ (Acesso em 14/06/2018)
  • 8. UNAIDS (2017) ‘Acabando com a AIDS: Progresso para as metas 90-90-90’
  • 9. UNAIDS (2014) ‘The Gap Report’
  • 10. Ministério da Saúde do Brasil (2014) ‘Relatório Global de Progresso da Resposta à AIDS – Relatório Narrativo – Brasil’
  • 11. Kerr, L et al (2018) ‘Prevalência de HIV entre homens que fazem sexo com homens no Brasil: resultados da 2ª pesquisa nacional usando amostragem orientada por resposta’ Medicina, Volume 97, Edição 1S, p S9-S15
  • 12. UNAIDS (2016) ‘Prevention Gap Report’
  • 13. UNAIDS ‘AIDSinfo’ (acessado em outubro de 2018)
  • 14. Sabidó, M., et al (2015) ‘Violência Sexual contra Homens que Fazem Sexo com Homens no Brasil: A Respondent-Driven Sampling Survey’ AIDS Behav (2015) 19: 1630
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  • 18. Dourado, I. et al (2015) ‘Revisiting the use of preservatives in Brazil’ Rev Braz Epidemiol Sep 2-15: Vol 18, 63-88
  • 19. Ministério da Saúde do Brasil (2014) ‘Global AIDS Response Progress Reporting Narrative Report – Brasil’
  • 20. UNAIDS ‘AIDSinfo’ (acessado em outubro de 2018)
  • 21. Kerrigan, D., et al (2013) ‘The Global HIV Epidemics among Sex Workers’ The World Bank
  • 22. Kerrigan, D., et al (2014) ‘A community empowerment approach to the HIV response among sex workers: effectiveness, challenges, and considerations for implementation and scale-up’. The Lancet, Vol. 385, No. 9963, p172-185
  • 23. UNAIDS ‘AIDSinfo’ (acessado em outubro de 2018)
  • 24. Ministério da Saúde do Brasil (2015) ‘Global AIDS Response Programme Report’
  • 25. Guimarães, ML. et al (2015) ‘Assessing the HIV-1 Epidemic in Brazilian Drug Users: A Molecular Epidemiology Approach’ PLoS One. 2015; 10(11): e0141372.
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  • 27. UNAIDS ‘AIDSinfo’ (acessado em outubro de 2018)
  • 28. UNODC, Escritório de Ligação e Parceria (LPO) no Brasil (acessado em maio de 2015) ‘Ações HIV e AIDS’
  • 29. Ministério da Saúde do Brasil (2014) ‘Global AIDS Response Progress Reporting Narrative Report – Brazil’
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