Se alguma vez uma cidade fosse um modelo para boom and bust, seria Manaus, que fica na confluência do Rio Amazonas com o Rio Negro, a mais de 1.450 quilômetros (900 milhas) do Oceano Atlântico. Como no Velho Oeste americano, grandes fortunas foram acumuladas em pouco tempo aqui e desapareceram tão rapidamente durante os anos de boom da produção de borracha no final do século XIX. O memorial mais duradouro daquela época é a grande casa de ópera e teatro que ainda hoje estão em uso, e cuja existência na Amazônia ajudou a inspirar o filme Fitzcarraldo, de 1982, sobre a obsessão maníaca de um homem em trazer a ópera para a selva.
Hoje em dia, Manaus é enorme – talvez surpreendentemente, é a sétima maior cidade do Brasil. Um novo estádio de futebol foi acrescentado para a Copa do Mundo de 2014, e uma ponte de três quilômetros de extensão (duas milhas de comprimento), com cabo, foi aberta em 2011 através do Rio Negro. O subúrbio de Ponta Negra tem arranha-céus modernos, restaurantes e praias que rivalizam com as de qualquer cidade no mar. Mas em poucos minutos, os visitantes podem se encontrar na selva aquática, fonte das especialidades amazônicas como o peixe pirarucu e as bagas de açaí nos cardápios dos restaurantes de Manaus.